Dizem que todos os animais, os irracionais e os conhecidos como racionais, têm suas cores de preferência e as que os representam. Eu sempre disse que a minha cor era o vermelho; pelas preferências pessoais, pelas coincidências que sempre a colocaram em minha vida e até mesmo pelo meu signo astrológico, Áries, que é o Deus da Guerra - ou Marte - o planeta vermelho. E também as pessoas importantes em minha vida, de alguma forma, sempre se apresentaram ligadas a ela.
Dizem também que todos os animais (os irracionais e nós, que nos autodenominamos racionais) têm seus animais totêmicos - animais que os representam em suas vidas. No meu caso, sempre me senti dividido entre dois: o cavalo e o tigre - ambos pela coragem, pela combatividade e pela elegância do porte. Não que eu carregue comigo esses predicados! De alguns anos para cá, embora sentisse crescer minha admiração pelo lobo, caçador inteligente, astuto e corajoso, não consegui senti-lo como um dos "meus animais"; pelo contrário, sempre admirei suas qualidades relacionadas especialmente a uma grande pessoa, que pouco a pouco foi conquistando enorme importância em minha vida. E que, como eu, também fez do vermelho a sua cor de referência.
Durante muito tempo ela, seu animal totêmico e sua cor de referência se confundiam e se mostravam ao mundo através das faces da Loba, que com sua força foi se impondo e assumindo todos os papéis (pelo menos aqueles que eram mostrados ao público). Cansada dessa imagem ela resolveu dar um basta e liquidar de vez com esse inteligente, astuto e manhoso animal, dando a conhecer a mulher que carrega consigo todos os predicados humanos, animais e de sua cor de referência.
Assim ficamos privados do vermelho e da Loba! Nada perdemos, pois ainda a tínhamos conosco e a essência individual jamais será mudada.
Ela nos ofereceu um delicioso recanto, com livros e um aromático café, onde poderíamos privar de deliciosos momentos com um pouco de tudo... até mesmo um pouco de bobagem (embora eu não tenha encontrado nenhuma por lá).
Ela só não contava com o animal totêmico da Loba: a fênix!
O gostoso recanto onde parávamos para um café e um papo, foi sendo tomado, pouco a pouco pelo vermelho! Primeiro foram as letras: vermelhas sobre fundo branco. Ficou bonito, eu sei! Todos gostaram! De certa forma, elas ainda nos lembravam a Loba. Agora, o vermelho tomou conta da recepção, onde tínhamos uma pequena estante com alguns livros e o café quentinho e cheiroso que iria nos reconfortar. Hoje encontrei uma espessa cortina vermelha... sinal de que a fênix não permitiu (mais uma vez) a morte da Loba! Ela está lá, eu sei!
Guerreira astuciosa, ela não se esconde, mas se camufla atrás do vermelho, deixando, entretanto, seus sinais, suas marcas, que todos nós podemos reconhecer. E através deles sabemos que ela ainda luta para retornar. Talvez modificada, talvez não se impondo sobre a Euza, talvez em seu próprio espaço. Mas ela ainda está lá, eu sei! O meu cavalo escoiceia o ar e o meu tigre se assanha, ansioso e inquieto quando a pressentem.
Zeca - Blog (in stand by) Janelas do Zeca
Amei receber este texto - exatamente assim: com fundo vermelhão. Por ter sido escrito por um amado, por ser um belo texto, porque vermelho é o meu sangue e por lembrar-assanhar um tempo de paixão. Então, por ter amado tanto, fiquei cá a pensar: será que esta tal Loba vai criar asas e virar fênix? Quem sabe isso quer dizer amor! Vai saber...
Um beijo e todos os perfumes de uma florida semana.
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